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Tropas do Exército fazem a segurança da capital baiana durante a greve dos PMs. Foto: Marcele Facchinetti/Especial para Terra
baiana durante a greve dos PMs
Foto: Marcele Facchinetti/
Especial para Terra
    Tropas do Exército fazem a segurança da capital.
    Chegou a 150 o número de homicídios registrados em Salvador e região metropolitana desde o início da greve dos policiais militares da Bahia. Nesta quinta-feira, cinco pessoas foram assassinadas, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado. Ontem, no nono dia de paralisação, a quantidade de casos de homicídios dolosos (quando há intenção de matar) na região superou os 137 computados em todo o mês de fevereiro de 2011. O quarto dia da greve foi o mais violento, com 32 assassinatos registrados.

    O último óbito foi anotado durante a manhã desta quinta. Um homem de identidade ignorada foi morto no bairro São Tomé de Paripe, por volta das 9h. Os demais homicídios ocorreram nos bairros Lobato e Massaranduba, e nos municípios de Camaçari e Lauro de Freitas, na Grande Salvador. Em Lauro de Freitas, a vítima foi um menino de 12 anos.
    Na manhã de hoje, os PMs grevistas deixaram o prédio da Assembleia Legislativa, que ocupavam desde o início da paralisação. Após reunião realizada na sede do Sindicato dos Bancários, eles decidiram manter a greve.
   A greve:     
   A greve dos policiais militares da Bahia teve início na noite de 31 de janeiro, quando os grevistas acamparam em frente à Assembleia Legislativa em Salvador e posteriormente ocuparam o prédio. Cerca de 10 mil PMs, de um contingente de 32 mil homens, aderiram ao movimento. A paralisação provocou uma onda de violência na capital e região metropolitana, dobrando o número de homicídios em comparação ao mesmo período do ano passado. Além de provocar o cancelamento de shows e eventos, a ausência de policiamento nas ruas também motivou saques e arrombamentos. Centenas de carros foram roubados e dezenas de lojas destruídas.
    A paralisação busca reivindicar a criação de um plano de carreira para a categoria, além do pagamento da Unidade Real de Valor (URV), adicionais de periculosidade e insalubridade, gratificação de atividade policial incorporada ao soldo, anistia, revisão do valor do auxílio-alimentação e melhores condições de trabalho, entre outros pontos.
    O Executivo estadual solicitou o apoio do governo federal para reforçar a segurança. Cerca de 3 mil homens das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança foram enviados a Salvador. Dois dias após a paralisação, a Justiça baiana concedeu uma liminar decretando a ilegalidade da greve e determinando que a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) suspenda o movimento. Doze mandados de prisão contra líderes grevistas foram expedidos, sendo que destes quatro foram cumpridos.
    Em 9 de fevereiro, Marco Prisco, um dos líderes do movimento grevista, foi preso após a desocupação do prédio da Assembleia. A decisão ocorreu um dia depois da divulgação de gravações telefônicas que mostravam chefes dos PMs planejando ações de vandalismo na capital baiana. Um dos trechos mostrava Prisco ordenando a um homem que ele bloqueasse uma rodovia federal.
Os policiais entraram em greve no dia 31 de janeiro. Foto: Lúcio Távora/Agência A Tarde
Os policiais entraram em greve
 no dia 31 de janeiro
Foto: Lúcio Távora/Agência A Tarde
    Subiu para 92 o número de homicídios registrados pela Superintendência de Telecomunicações das Polícias (Stelecom) durante a greve de policiais militares, que começou no último dia 31. Nesta segunda-feir, segundo a Stelecom, três pessoas foram assassinadas em Salvador e Região Metropolitana.
    Os três crimes aconteceram no mesmo local, na Rua do Índio, em Camaçari. Às 1h45 foram assassinados Luís Cláudio dos Santos Cerqueira, 25 anos, e outro homem não identificado e, três horas depois, foi registrada a morte de Fábio Monteiro Leite, 29 anos.
    O número de assassinatos contabilizados durante a greve da PM é mais da metade dos 172 homicídios registrados em todo mês de fevereiro de 2011. A Stelecom também contabiliza 235 veículos roubados entre 31 de janeiro e hoje. Em fevereiro de 2011 foram 346 carros subtraídos.
   Tensão na Assembleia Legislativa
   Os policiais militares em greve passaram a noite em alerta, aguardando a possível invasão do local. Durante a madrugada não houve movimentação da Força Nacional, mas, a partir de 5h, viaturas da instituição passaram a circular no Centro Administrativo da Bahia (CAB), levantando a suspeita que a desocupação realmente iria acontecer.
   O grupo está em alerta desde ontem, quando o presidente da AL, Marcelo Nilo, solicitou apoio do Exército para retirar os grevistas da Assembleia até a meia-noite de domingo, o que não ocorreu.
   Quarenta homens do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal, considerada a "tropa de elite" da corporação, chegaram neste domingo a Salvador para cumprir os 11 mandados de prisão dos 12 expedidos pela justiça. Cerca de 3 mil militares também foram enviados para a capital baiana para reforçar o policiamento. 
Fonte: Noticias.terra.com.br.
    Militares do Exército estão, na manhã desta segunda-feira, em frente à Assembleia Legislativa da Bahia, onde desde quarta-feira estão concentrados homens da Polícia Militar que fazem uma greve no estado. O objetivo é a desocupação do prédio. Cerca de 600 soldados do Exército, além de homens da  Polícia Militar, da Coordenadoria de Operações Especiais da Polícia Civil baiana e da Polícia Federal fazem um cerco à Assembleia. O reforço conta até com tanques.
    O Coronel Márcio Cunha, porta-voz da 6ª Região Militar, informou que o que se quer é "isolar a Assembleia Legislativa com a finalidade de permitir o livre acesso de pessoas a essa área, a realização de negociação para a desocupação da Assembleia e a execução de mandados de prisão expedidos pela Justiça". Segundo ele, a ação é respaldada pelo artigo 142 da Constituição e da Lei Complementar 97/99.
    Os militares também pretendem 12 homens considerados líderes da paralisação, que estão com mandado de prisão expedido pela Justiça. Um deles é o presidente da Associação de Policiais, Bombeiros e de seus familiares (Aspra), o soldado Marco Prisco. Os grevistas, muitos deles, armados e usando touca ninja, prometem resistir. Há mulheres e crianças entre os ocupantes do prédio. No início da noite de domingo, a luz foi cortada no prédio, e Marco Prisco pediu aos grevistas para resistirem, mas recomendou que não usassem armas de fogo.
    Quarenta homens do Comando de Operações Táticas, a "tropa de elite" da Polícia Federal (PF) estão na cidade. Quatro blindados do Exército, do tipo urutu, circulam pelas ruas de Salvador.
    Na noite de domingo, Prisco desceu a rampa da Assembleia e disse aos manifestantes ter recebido uma contraproposta do "coronel Castro", que contemplava anistia para todos os policiais, pagamento parcelado de dois tipos de gratificação e a revogação de 11 dos 12 mandados de prisão expedidos pela Justiça, menos o dele. A proposta foi rejeitada pelos manifestantes.
    Nos seis primeiros dias de greve, o número de homicídios em Salvador e Região Metropolitana aumentou 129% em comparação ao mesmo período da semana anterior. Cerca de 450 escolas da rede privada devem continuar em férias forçadas. Na rede pública estadual, cerca de um milhão de estudantes e 40 mil professores voltam às aulas nesta segunda. O secretário de Segurança Pública,  Maurício Teles Barbosa, garantiu que o retorno escolar ocorrerá normalmente em função da presença de homens do Exército e de policiais militares não amotinados.
    A estimativa inicial do governo é que cerca de dez mil policiais do total de PMs tenha parado.

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