No XVI Encontro de Profetas da Chuva, no último dia 13, em Quixadá, dos 24
profetas e três profetisas anunciaram suas previsões e apontaram como
tardio o início da quadra invernosa. Plantar somente a partir da segunda
quinzena de março foi o alerta aos agricultores.
Basearam seus
prognósticos em vários elementos da natureza, como animais, insetos e
também nos astros. Apenas dois foram pessimistas: Antonio Queiroz e
Renato Lino, ambos de Quixadá. Este último não viu nos cupins um bom
sinal. As asas dos insetos não estão crescendo, portanto não há motivo
para se preocuparem com aguaceiros: "Se não tem água não tem chuva".
Dessa
vez, além de Quixadá, Itatira foi a cidade com o maior número de
representantes. Onze homens e uma mulher, a técnica em enfermagem Maria
de Nazaré de Oliveira, acompanharam a secretária de Agricultura daquele
município, Claudia Almeida. Havia ainda profetas de Banabuiú, Limoeiro
do Norte, Monsenhor Tabosa, Morada Nova e Piquet Carneiro.
O
ex-oficial da Marinha Mercante, Luiz Gonzaga, veio de Camocim. Era o
único a não se enquadrar entre os profetas. Se considera um pesquisador.
De acordo com ele, ainda é cedo para confirmar o quadro invernoso no
Ceará. "O período ideal está na segunda quinzena de fevereiro, quando a
Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) deverá
se posicionar oficialmente. Ele, que foi o primeiro a se apresentar,
utiliza como base a Zona de Convergência do Oceano Atlântico e outros 20
elementos indicadores. Mesmo assim previu inverno médio na região.
E
cada um, de forma descontraída, anunciava suas previsões, como a de
José Nascimento, de Monsenhor Tabosa: "Quando o sapo canta tem bom
inverno e, neste ano, se tá cantando, tem, e dos bons".
Neste
ano, o secretário de Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins, e o
presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará
(Ematerce), José Maria Pimenta, prestigiaram o evento.
ALEX PIMENTELCOLABORADOR
Fonte: Diário do Nordeste.
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