Últimas notícias do julgamento do caso Eloá: Juíza suspende júri devido ao cansaço

    Por volta das 23h10 desta terça-feira, a juíza Milena Dias suspendeu o julgamento de Lindemberg Alves Fernandes, 25 anos, acusado de matar a ex-namorada Eloá Pimentel após mantê-la em cativeiro por cerca de 100 horas.
   Devido ao cansaço dos jurados, a juíza transferiu o depoimento de Paulo Sérgio Squiavo (membro do Gate que participou da operação), última testemunha do caso, e do réu Lindemberg Alves Fernandes, para a manhã desta quarta-feira. O julgamento será retomado a partir das 9h.
   Ao longo do dia, nove testemunhas foram ouvidas pelo júri. No período da manhã, prestaram depoimento o irmão mais velho de Eloá e última testemunha de acusação, Ronickson Pimentel dos Santos, e a primeira testemunha de defesa, o ex-advogado de Lindemberg, Marcos Cabello. O primeiro depôs por cerca de uma hora e se emocionou ao lembrar dos momentos difíceis que a família passou após o crime. Ele reiterou que o réu tinha a intenção de matar Eloá durante o cativeiro. Já o segundo falou por trinta minutos.    O irmão mais novo de Eloá, Everton Douglas Pimentel, falou como testemunha de juízo. Em seu depoimento, ele utilizou diversas vezes a palavra "infelizmente", inclusive quando perguntado se era amigo do acusado. A princípio, Everton havia sido recusado pela defesa, contudo a promotoria insistiu para que fosse ouvido.
   Os jornalistas da TV Bandeirantes Rodrigo Hidalgo e Márcio Campos também falaram ao júri. Eles foram questionados, especialmente, sobre a cobertura jornalística do caso, que, segundo a defesa, teria sido tendenciosa. Ambos negaram.    Durante a tarde, um mal-estar causado pela advogada de defesa Ana Lúcia Assad provocou uma pausa de 15 minutos no julgamento. A advogada discutiu com a juíza Milena Dias durante o depoimento da perita criminal Dairse Aparecida Pereira Lopes. Ana Lúcia disse que gostaria de fazer mais uma pergunta à testemunha. A magistrada informou que ela não poderia, já que a defesa já havia tido seu momento para perguntar.
   A advogada então respondeu que "pelo princípio da verdade real" queria inquirir Dairse novamente. A juíza respondeu: "Esse princípio não existe, ou pelo menos não o conheço com esse nome". Ana Lúcia retrucou: "Então eu acho que a senhora deve voltar a estudar". A promotora Daniela Hashimoto se pronunciou e disse que a fala poderia ser encarado como um desacato à autoridade.    Após o intervalo, quem falou ao júri foi o também perito Hélio Rodrigues, seguido pelo delegado que registrou o caso Sérgio Luditza.
   Além deles, Adriano Giovanini (negociador do Gate - Grupo de Ações Táticas Especiais) falou por cerca de 4 horas.   Em seu depoimento ele declarou que a polícia deu cobertura a Nayara Fernades e Everton Douglas Pimentel, irmão caçula de Eloá, para se aproximarem do cativeiro na tentativa de negociar  a libertação da vítima, mas voltar para dentro do apartamento partiu de Nayara, uma vez que se sentiu segura e achou que teria condições de ajudar por ser amiga da vítima.(Com informações de Cadu Proieti).

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