Notícias sobre enfermeira que injetava silicone de avião

    O delegado da 64ª DP (São João de Meriti), Alexandre Ziehe, indiciou a enfermeira Fernanda Ouverney Valente, 25 anos, acusada de aplicar silicone industrial em três pacientes que queriam aumentar as nádegas, por lesão corporal, exercício ilegal da profissão e falsificação ou alteração de produtos com fins terapêuticos ou medicinais. Pelos três crimes, Fernanda, que admitiu ter injetado nas mulheres polimetilmetacrilato, conhecido comercialmente como Metacrill, poderá pegar até 19 anos de prisão.
   Indiciada: Fernanda foi presa e libertada menos de 12 horas depois.
   Nesta quarta-feira, o delegado ouvirá o representante da empresa Rio Medical Comércio de Produtos Médicos, que aparece nas notas fiscais recolhidas na casa da enfermeira e do médico Emanuel Marins, funcionário da Prefeitura de São João de Meriti, cujo CRM está estampado nas receitas de medicamentos utilizados por Fernanda.
   “Queremos saber como foi feita a venda do produto e por que ela tinha vários receituários, alguns até em branco”, diz o delegado, que pretende ouvir também outros médicos. A polícia recolheu receituários de controle especial, além de vários cheques, fotografias de pacientes, medicamentos e produtos cirúrgicos, como luvas, máscaras e tesouras.
   Duas pacientes, uma cantora de 26 e uma comerciante de 42, permanecem internadas no Hospital Albert Schweitzer. A terceira, uma dona de casa, está no Hospital da PM com anemia profunda. Elas pagaram R$ 600 por cada aplicação, que só poderia ser feita por médico. “Agora só quero que minha esposa se recupere. Depois, vamos processar a enfermeira”, disse um marido.
   Outra família também vai entrar na Justiça contra Fernanda e quem vendeu o produto. “Minha vida está parada. Parei de trabalhar para cuidar dela, que vai precisar de tratamento psicológico”, conta outro marido.

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