Briga entre palmeirenses e corintianos resulta na morte de um torcedor do palmeiras

   O torcedor palmeirense André Alves, de apenas 21 anos, morreu na noite deste domingo, horas depois de ter sido baleado na cabeça durante briga entre torcidas de Palmeiras e Corinthians, na avenida Inajar de Souza, um importante corredor para moradores da região da Freguesia do Ó e Brasilândia, na zona norte de São Paulo. A confusão envolveu cerca de 500 pessoas e teve pelo menos mais um baleado.
   André Alves foi socorrido logo após levar o tiro durante a briga na manhã deste domingo e levado por policiais militares para o Hospital Cachoeirinha. Ele teve parada cardíaca e os médicos conseguiram reanimá-lo. Mas, por volta das 20 horas deste domingo, acabou não resistindo e morreu.
   A briga teria sido consequência de uma emboscada armada por torcedores corintianos para cercar e agredir um grupo de palmeirenses. O local é um reduto recorrente de confrontos entre torcidas, que costumam acontecer todas as vezes em que há jogos entre os dois times na cidade - o clássico entre Palmeiras e Corinthians, válido pelo Paulistão, começou às 16 horas deste domingo, no Pacaembu.
   O confronto, segundo moradores da região, foi agendada nas redes sociais - um expediente que também é comum entre os membros da maioria das torcidas organizadas. Há a suspeita de que a emboscada tenha sido uma revanche de corintianos contra os palmeirenses por causa de confrontos anteriores. No ano passado, no dia do clássico entre as equipes no primeiro turno do Campeonato Brasileiro (que ocorreu em Presidente Prudente, a 550km de São Paulo), um torcedor do Corinthians foi morto por membros de organizadas do Palmeiras. Seu corpo foi encontrado às margens do rio Tietê, próximo ao início da rodovia Castelo Branco. Ninguém foi preso.
   CLIMA TENSO - A briga entre os torcedores na manhã deste domingo, na zona norte da cidade, deixou o clima tenso nos arredores do Pacaembu. A Polícia Militar apertou o cerco ao estádio para evitar que novos confrontos ocorressem.    Uma divisória formada por chapas de metal, com cerca de 2,30m de altura, foi instalada na rua Comendador Passalácqua para separar as facções. O local é onde se localiza a entrada da torcida visitante no estádio - nesse caso, os palmeirenses.
   Próximo ao Pacaembu, o maior trabalho foi para controlar a entrada de corintianos pelo portão principal do estádio. Minutos depois de a partida começar, milhares de pessoas ainda estavam do lado de fora, na praça Charles Miller, e tentaram forçar a entrada. A PM, com bombas de efeito moral e efetivo reforçado, conseguiu impedir a invasão dos torcedores. Durante jogo vencido pelo Corinthians por 2 a 1, também houve confronto entre a PM e a torcida.

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